Paixão por Galabra – Capítulo 2

Escrita por: Yuri_16martins e riquecito

+ Paixão por Galabra – Capítulo 1

Capítulo 2 – A festa

~ PONTO DE VISTA PUCU ~

A semana passa depressa.

Vira e mexe eu estava na casa do Breno, jogando vídeo game, discutindo sobre cultura pop, assistindo algum filme ou estudando e planejando nosso TCC. Eu e Breno somos muito companheiros. Ele não e só meu amigo, é quase meu irmão, então não tenho problemas em ficar apoiado nele ou dividir a cama sem nenhum tipo de vergonha. As pessoas falam que nós somos um casal e zoam com isso, mas eu nem ligo e admito que algumas vezes já até me peguei imaginando como seria nossa vida se realmente fôssemos um casal… Eu não teria nenhum problema com isso, mas tenho plena convicção de que sou hétero.

Estava jogando The Last Of Us no PS4, jogado no sofá do Breno enquanto ele estava de pé na cozinha fazendo o almoço. O cheiro estava ótimo, diga-se de passagem. 

– Eae, mano, já decidiu sua fantasia para a festa hoje à noite? – perguntei enquanto me sentava pra conseguir jogar melhor. 

– Já, eu vou de marinheiro. Tenho a fantasia que usei em outra festa e vou só reaproveitar, o único problema e que ela vai ficar um pouco pequena, mas foda-se. – disse vindo até mim e olhando pra televisão – E você vai de que? 

– Eu ainda não sei, mas acho que vou de bandido ou de Robin. 

– Uhum, você vai de Robin e não me chamou pra ser seu Batman. – ele disse zoando enquanto voltava pra cozinha. 

– Ah, não começa, Breno. – retruquei fazendo uma careta e voltando a jogar.

Depois de um tempo eu fechei o jogo e liguei a Netflix, deixei lá enquanto ia ajudar o Breno a terminar a comida. Depois de pronta, colocamos no prato e nos sentamos no sofá pra comer enquanto assistíamos alguma série da Netflix. Depois de comer jogamos por um tempo até Breno se levantar, ir por banheiro para tomar banho e começar a se arrumar. Continue jogando pois não estava com presa, meu apê era ali perto, então poderia simplesmente pegar minha roupa e me arrumar ali também.

Após certo tempo decidi desligar o game e fiquei mexendo no celular, quando me virei dei de cara com uma vista exuberante: Breno saindo do banheiro apenas de toalha (representando na capa), deixando a mostra seu tórax e sua barriga definida, além de seus braços fortes. Seu corpo ainda estava úmido e, dos seus cabelos molhados, escoriam gotas de água que percorriam seu rosto, descia pelo tórax e pela sua barriga chegando na entrada de sua cintura onde a tolha dava a volta. Antes que me perde-se naquela visão esplêndida, Breno me tiro de meus pensamentos.

– Pucu? – ele me olhava intrigado como se eu estivesse prestes a responder à pergunta de um milhão. 

– Eu, fala… que foi… eu perdi o que? – disse balançando a cabeça e saindo daquele delírio.

– Eu perguntei se a gente tem que levar alguma coisa, bebida, comida, algo do tipo? – falava enquanto vinha até mim, apoiando-se no sofá. Estávamos a poucos metros de distância e ele parecia me provocar com aquele corpo seminu e levemente molhado.

–Não precisa levar nada, só se você quiser fazer algo diferente cara. – enquanto eu falava, precisava me concentrar ao máximo para não a percorrer todo o corpo do meu melhor amigo com as mãos. 

– Ok, cara. Eu vou para o meu quarto trocar de roupa então, se você quiser pode ser arrumar aqui. – ele disse me dando as costas e indo em direção ao seu quarto. Deixei aqueles pensamentos de lado e fui rapidamente para casa buscar minhas coisas pra me arrumar na casa de Breno.

~ PONTO DE VISTA DO BRENO ~ 

Foi impressão minha ou Pucu está evitando olhar pra mim? Será que tem algo na minha cara? Acho que não acabei de tomar banho… Entrei no meu quarto e terminei de secar o cabelo que ainda pingava, aquelas gotas de água caiam de meu cabelo e percorriam meu corpo e arrepiavam todos meus pelos. Tomei mais um banho de perfume porque hoje eu ia arrasar corações.

Depois que coloquei a fantasia, realmente percebi que estava muito justo o short, o que antes era quase uma bermuda agora acaba no meio da batata da minha perna e a camisa estava quase que grudada em mim, mas eu não estou nem aí, eu estava lindo pra caralho, ainda mais com aquele chapeuzinho de marinheiro. Sentei-me na sala enquanto esperava o Pucu sair do banheiro em que estava se arrumando, estava passando pela minha timeline do Instagram vendo diversas pessoas fantasiadas para bloquinhos e festas. Depois de um tempo esperando, Pucu finalmente saiu do banheiro. 

– Finalmente você saiu desse banhei…

Fiquei sem palavras pra dizer o quão gato Pucu estava naquela roupa de Robin! Meu Deus! Aquela roupa colada era perfeita (realmente Deus, obrigado pelo dom da visão), não que eu seja gay, mas tenho que admitir que ele estava muito gostoso, aquela roupa destacava todos seus músculos além de marcar bem uma bunda que eu não sabia que ele tinha, era redondinha e parecia ser durinha e linda (para com isso Breno). 

– Caralho hein, Pucu. Você tá gostoso mano, parabéns. Se eu fosse uma mina eu te dava pra caralho. – disse sem vergonha nenhuma. 

– Cuidado com que você fala ou vou acabar abrindo uma exceção e comer você aqui mesmo. – ele brincou enquanto bebia água. –Vamos cara a gente vai ficar atrasado já já.

Chegamos na festa e já estava lotado de pessoas bebendo, dançando/se esfregando uns nos outros, se agarrando por todos os cantos. Eu e Pucu fomos até a cozinha pegar algumas bebidas e encontrar algum amigo nosso, Pucu acabou por sair do meu lado e eu sem saber o que fazer apenas comecei a beber e dançar, não sei quando mas em algum momento um cara fantasiado de Roni Weslei começou a dançar perto de mim, ele seguia meus movimentos e de alguma forma parecia querer me impressionar. 

– Você é mago, cara? – pergunto o desconhecido.  

– Não, cara, eu sou um marinheiro. – disse tentando descontrair. 

– Ah mas você fez minha varinha subir. – disse piscando pra mim enquanto bebia mais um pouco do líquido do seu copo. 

– Olha cara, você é muito fofo e essa cantada foi muito boa, mas eu sou hétero. Desculpa quebrar sua expectativa. – disse enquanto virava mas um copo de bebida pra disfarçar a vergonha. 

– Ah cara, me desculpa haha. Prazer, eu sou Charles Emanuel. – ele disse estendendo a mão pra mim. 

– Calma! Você é Charles Emanuel, o dublador Charles Emanuel? – disse incrédulo enquanto o cumprimentava. – Eu sou muito seu fã, cara, você é muito foda.

– Ah obrigado, cara desse jeito você me deixa sem graça.

Continuamos conversando, dançando e bebendo muito e eu até peguei o número dele. Não sei quando nem como, mas eu acebei encontrando com Pucu de novo, eu já tinha ficado com algumas meninas enquanto o Charles pegava bebida pra gente, mas nada demais. Quanto mais o álcool subia para minha mente mais eu reparava no Pucu e como ele estava gostoso, já estava perdendo qualquer noção ou bom senso que eu ainda tinha nessa hora, mas ainda consegui me controlar.

– Amigo, se eu disser que você está muito gostoso nessa fantasia e está tirando meu senso, isso me torna gay? – sussurrei em seu ouvido. 

– Eu só entendi a parte do gostoso, então vou considerar um elogio cara. – ele sussurrou de volta enquanto virava mas um copo de bebida.

Agora era real, não tinha para onde fugir. Eu sentia alguma coisa por ele e não admitir isso era tentar enganar a mim mesmo, mas para o meu bem e pelo bem de nossa amizade eu não posso confessar isso pra ele… não seu eu ainda quiser ser seu amigo e parceiro de vida igual ainda somos. Voltei a beber, mas agora não por felicidade e sim por tristeza. Depois de muito tempo de festa sobraram poucas pessoas e eu já queira vazar. 

– Vamos pra casa, cara. Você precisa descansar, acho que já deu pra gente. – disse Pucu enquanto me ajudava a levantar e ir em direção ao carro.

Ele me colocou no banco do passageiro e foi pro banco do motorista. Durante o percurso eu me apoiei no ombro de Pucu e me deixei descansar. Chegando em casa fui ao banheiro com um pouco de dificuldade enquanto Pucu foi para o quarto. Depois de sair do banheiro me joguei na cama ao lado dele. 

– Pucu… Pucu, ainda tá acordado? 

– To sim, cara.  O que foi? – perguntou um pouco sonolento. 

– O que você acha de beijar outro cara, Pucu? – fui direto ao ponto, um pouco envergonhado. 

– Sei lá, cara. Por que essa pergunta agora? – ele perguntou meio confuso. 

– É que um cara deu em cima de mim hoje e, embora eu tenha rejeitado ele, eu fiquei curioso. – de fato, eu tinha rejeitado o cara, mas minha curiosidade era dele. – Vamos tentar, cara, sei lá… o máximo que pode acontecer é a gente não gostar e nunca mais fazer isso de novo. 

– Que isso, cara, tá loco? – ele disse relutante. 

– Vamos, cara. A gente tá tão bêbado, nem vai lembrar disso amanhã. – disse me virando pra ele. 

– Seu eu fizer você vai me deixar dormir? 

– É claro que vou, eu também quero dormir só que…

Antes que eu pudesse terminar a frase, ele selou nossos lábios e passou a ficar por cima de mim. O gosto quente da boca dele e de álcool arrepiava cada parte do meu corpo, instintivamente passei minhas mãos por sua cintura e sentiu suas mãos em volta do meu pescoço. Pedi passagem e ele cedeu. No começo parecia estranho a luta entre nossas línguas pelo domínio, mas depois elas se sincronizaram e pareciam dançar juntos. Aquela foi umas das melhores sensações que já senti na minha vida, já sentia meu membro ganhar vida ali embaixo, mas antes que eu pudesse reagir, o ar se fez necessário e nos separamos. Ele saiu de cima de mim e respiramos fundo quase que em uníssono. Depois de um tempo de silêncio tomei coragem para falar alguma coisa, me virei e vi pacu roncando, com um dos braços acima da cabeça e o outro ao lado.

Me permite abraçá-lo e dormir também.

   

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